Pode ser que pareça conto de fadas, pode ser que pareça mentira. Mas o que vivi não é nada disso, história que nem essa, eu não sei se pode existir. O que ninguém nunca imaginou comigo podia acontecer. A mais fracassada que no final mostrou que realmente vale a pena ser você mesmo. E que não se deve fazer nada só por que os outros acham legal, ou, vão admirar você por causa disso. Eu prefiro viver da minha maneira. E no final que vença o melhor.
Mas sem muita enrolação, eu me chamo Isabela. Na época que ocorreu a história que vou lhes contar eu tinha 17 anos. E já fazem muitos anos que essa história aconteceu. E como toda mulher vaidosa, não gosto de falar minha idade. Então fiquem curiosos! Tudo começou na escola, como quase sempre é assim. Eu era uma daquelas pessoas que pode se dizer: NERDS. Estudo era tudo o que me interessava e eu vivia só pra isso. Meu mundo era estudar e estudar. Amigos eu tinha só alguns.
Eu já sabia que o meu dia não seria normal. Pra mim uma pessoa super superticiosa, acordar com o pé esquerdo era péssimo. Bom, meu desejo naquele momento era deitar e não sair mais da cama um dia inteiro. Mas tinha trabalhos para apresentar. Era a recém minha segunda semana de aula. Então levantei sem humor nenhum, me arrumei e fui para escola. Com o mesmo uniforme de todo dia. Um cinza palida horrível. Peguei meus trabalhos e botei na pasta e saí. Cheguei na escola me sentei na primeira classe. E fiquei lendo o trabalho que teria que apresentar. Começou a aula e apresentei meu trabalho, e fiquei livre o dia inteiro de preocupações. No recreio eu sempre sentava perto de uma árvore no pátio da escola, era o umlugar tranquilo e com sombra. Me deitava no banco e ficava lendo. Ou apenas fica ali relaxando e pensando na vida.
Como eu havia pensado meu dia não ia ser dos melhores. Estava eu lendo um romance. Eu estava bem distraída, super intrigada com a história. Quando uma mão bate no meu ombro e eu acabo levando um susto e caio no chão. Quando vejo como estou, pra minha decpeção eu estava de quatro na frente de uma pessoa que não fazia idéia de quem era. Só sabia que tinha um pé muito grande. Juntei meu óculos rapidamente, e me pûs de pé. Quando levantei percebi que era um menino que tinha me chamado. Ele parecia bem assustado por eu ter caído e ficado naquela situação constrangedora. Pelo menos ele não riu de mim.
― Posso ajudar? ― eu disse num tom nada amigavel.
― Sim. Desculpe pelo susto. ― ele disse envergonhado.
― Tudo bem, o que precisa?
― Eu sou aluno do 3°C. Nunca me viu por aqui?
― Pra falar a verdade. Não.
― Sério?
― Nada pessoal, mas não reparo muito nas pessoas.
― Uau, ok. Bem, eu fiquei sabendo que você é bem inteligente.
― Disseram que era uma nerd, certo?
― Sim. ― ele riu meio envergonhado. ― Mas...
― Tudo bem, quem sabe eu seja mesmo.
― Na verdade eu não acho. Mas o que eu queria te pedir é se você não dá aulas de matemática pra mim?
― Aulas particulares?
― Sim.
― Bem...
― Olha, eu entendo se precisar cobrar. Eu posso pagar. Eu acho. ― ele sorriu pra mim.
― Bom, então tudo bem. Eu posso fazer isso. Mas primeiro eu preciso saber o seu nome. Se não eu vou te chamar de que. Aluno? ― eu ri e devo ter ficado vermelha também.
― Fernando. Mas pode me chamar de aluno se preferir. E você?
― Isabela.
― Muito prazer Isabela. Será uma honra ser seu aluno. ― ele estendeu a mão para mim e eu apertei. Isso pareceu com aquelas cenas de filmes antigos onde velhos amigos se encontram.
― Espero que sim.
― Vou indo. Onde e quando podemos começar?
― Não sei. Eu posso toda quarta à partir das 7.
― Tá, pode ser na minha casa?
― Lógico, 10 reais a hora ?
― Ah, sim. Perfeito. Vou lá. Vou deixar você ler em paz.
― Ok. Até.
Nunca vi ele por aqui. Realmente sou muito desligada. Mas pelo menos vou ter um dinheiro a mais no bolso. Hoje era segunda. Então daqui a dois dias eu começaria a dar aulas de matemática. Assinaria meu atestado de nerd. Mas pelo menos dinheiro eu ganharia e o resto não importava. Quando cheguei na sala contei pra minha melhor amiga sobre o que aconteceu no recreio. Sem quere minha colega de trás escutou nossa conversa e quase enloqueceu.
― Não acredito no que eu escutei. Tu vai dar aula pra quem Isa? ― gritou estérica Bruna.
― Pro Fernando. E me chama de Bela. Sabe que não gosto de Isa.
― Oh, tudo bem. Mas tu tem noção do que vai acontecer?
― Acontecer, quando?
― Tô falando das aulas particulares.
― Sim e daí?
― Tu é lerda ou o que?
― Não entendo.
― Fernando, é um dos guris mais insuportáveis dessa escola.
― Achei ele simpático.
― Tu deve ser louca. Ele é ridiculo, ninguém gosta dele.
― São só aulas. ― falou Tassiane, minha melhor amiga.
― Sim, mas mesmo assim! Você vai queima seu filme pra sempre.
― Eu não me importo.
― Bom, não diga que eu não avisei.
― Lembrarei disso.
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